segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Prisioneiro de mim mas, batendo asas.


Hoje, queridos leitores, vim falar de um filme chamado Le Scaphandre et le Papillon ou melhor dizendo, O escafrando e a borboleta. Serei direta: no começo, é preciso ter paciência para saber o que está acontecendo de fato, pois Julian Schnabel te coloca no lugar do ator principal. O filme é francês. Não achei o filme longo, tem seu tempo até que curto para uma história tão intensa e cheia de valorização, foi lançado em 2007 e fala de um homem chamado Jean-Dominique Bauby. Jean-Do como é muito chamado no filme, era um homem de sucesso e dinheiro, trabalhava na revista Elle como editor, tinha três filhos, uma linda esposa e uma bela amante.. Certo dia, dirigindo seu super carrão junto de seu filho, eis que o tão bem sucedido e cheio de vida Jean-Do, sofre um acidente vascular cerebral. Mas não se trata de qualquer AVC. Este é raro, chamado "Locked-in", digo: Sindrome do Encarceramento. A pessoa que possui este AVC escuta, tem movimento perfeito dos olhos, mas, não pode movimentar-se e nada pode falar. Coitado! Que situação vocês não acham? Então, depois de muita "conversa" com os médicos, tudo acaba se acertando. Bauby acaba aprendendo a viver naquele estado, e com o passar do tempo junto da ajuda de outras pessoas, ele escreve um livro, com o lado esquerdo de sua visão, pois o olho direito já não servia para mais nada. Mas então: HE WINS! Ganhou de várias formas, não esquecendo das coisas que ama e o que adorava fazer. Não esquecendo que ainda estava vivo e que viveu um monte de coisas ao longo de seus 43 anos de idade. Não esquecendo que ainda poderia imaginar o que quisesse, pois afinal, ainda tinha um cérebro e muito sentimento no coração! Imaginou coisas, viajou pelo mundo, puxa, realmente já tinha feito tantas coisas que poderia ficar ali imaginando e ah, enfim... Depois de 10 dias com seu super livro lançado, Monsieur Bauby, falece. Nem preciso dizer né mas..

Choreeeeeeey!

Dei aquela resumida ordinária, noé? Mas tá.. Talvez eu quisesse dizer muitas coisas a todos vocês, mas vou simplesmente dizer o que eu senti ao assistir esse Le Scaphandre et le Papillon pela, sei lá, 4ª vez, rs. Nunca me senti tão presa, tensa, aprisonada mesmo, Julian Schnabel faz de nós, em certas cenas, o "protagonista". É incrível como você fica ali, parado sem fazer nada, e coisas vão sendo ditas e pensadas, e gritadas, as vezes! Mesmo com toda essa prisão e privação, nunca havia me sentido tão viva. O filme passa a certeza de que você tem agradecer todos os dias a Deus, aos Deuses, - ou a sabe-se lá em quem você acredita - por estar vivo e poder se movimentar e continuar fazendo coisas com corpo, com o/de coração, não se privando de mostrar por expressões, fala, movimentos, enfim, que se pode de verdade fazer qualquer coisa que seja, com quem se ama, da forma que quer e POR VIVER MESMO!
A história do filme é verídica, minha gente! É impressionante mesmo! Na minha opinião vale a pena assistir com toda certeza deste mundo, mesmo sabendo que desde o começo, o final seria super triste néam.. Eu gostei tanto e chorei tantas vezes que eu resolvi vir aqui compartilhar com vocês! NHOOOOO! HAHAHAHAHA! Vejam como eu sou legal! *-*

Enfim, antes de dar CRUJ CRUJ CRUJ - TIAU, vou deixar um trecho de uma coisa linda que Jean-Do "fala", espero que gostem, assim como eu gosto de vocês (fazendo chalme, babie):

"Hoje sinto que a minha existência se resumiu
a uma série de pequenos fracassos.
As mulheres que não soube amar,
as oportunidades que eu não soube agarrar.
Os momentos de felicidade que deixei escapar.
Uma corrida da qual já sabia o resultado,
mas em que eu fui incapaz de apostar no vencedor..
Estive sempre cego e surdo?
Ou necessitei da luz da desgraça para ver o meu verdadeiro eu?

-

"E, S, A, R, I, N, T, U, L
O, M, D, P , C, F, B, V
H, G, J, Q, Z, Y, X, K, W..."

Toma! *chulép - tapa na cara*

Bom leitores queridones, espero que tenham gostado da dyca! Beijos e até a próxima... Au revoiiirrr!!

pauladandara: tudo passa? marcelo camelo disse que sim, rs.

Um comentário:

  1. Sem duvidas um filme incrivel, tocante, e acima de tudo uma lição de vida... as vezes as coisas acontecem de forma estranha, muito estranha mesmo, elas simplesmente acontecem, e a gente não tem muito o q fazer a não ser colher as consequencias desses acontecimentos. Mas enfim... mesmo nas piores desgraças, conseguimos encontrar beleza e superação, assim é a vida, sempre nos surpreendendo. Muitas vezes de forma simples e sutil, muitas outras causando tanto estrago q parece q a coisa é irremediavel e q ta ali o nosso fim, mas no final, no final de verdade, sempre descobrimos q existe um fim para o sangue derramado... ;D

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