segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A doença chamada saudade não teria cura.


Creio que ainda não encontraram cura para isso.
Aliás, nunca encontrarão. Posso usar o nunca de verdade agora, pois para mim, faz todo sentido. Saudade é algo que vem correndo de encontro contigo, e que mesmo que você queira que ela vá embora, a mesma não se vai não, ela não se permite partir. Ela permanece contigo até preencher cada canto vazio, até ficar tão cheio a ponto de te fazer pensar numa forma senti-la da maneira mais saudável possível. Por mais gostosa que algumas possam ser, outras são angustiantes e te ferem, de verdade. Fica até você matá-la, numa tacada só, até você dar um tiro na mesma e dizer:

- Hasta la vista, baby!
Saudade não tem cura, e repito: nunca terá.

pauladandara: eu sinto à todo momento.

domingo, 22 de novembro de 2009

“Wait till tomorrow, you’ll be fine.”


É dureza. Pensar que quando você menos imaginar, as coisas podem estar mudando, mudando tanto que você realmente pensa que dará tudo certo pra você e que finalmente algo vai mudar. Então, mesmo com tanta ou pouca esperança, você caminha, faz as suas coisas, então espera e espera. As vezes a espera é tão longa que naqueles momentos de demora, você se imagina numa fila de pão, da melhor padaria de sua cidade, fila que aliás é muito comprida, esperando pelo melhor, até o exato momento em que você consegue chegar no final de toda essa espera. Só que eis que vem a verdade e alguém diz a você: desculpe, não temos mais pães, de nenhum tipo.
É isso que sobra em suas mãos: NADA.
Então vem alguém que te conhece completamente, que mesmo não sabendo de tudo o que você está passando na sua vida, tenta te ajudar. Você fala, traduzindo todo seu sentimento que, quando o faz lembrar, logo, o faz chorar. E neste mesmo exato instante a mesma pessoa diz: Relaxe. Aliás, a mensagem transmitida é a mesma: "Espere até amanhã, você vai ficar bem."

Me diz então, quantas vezes você já não ouviu isso, e ficou tão cansado a ponto de se entregar de verdade à tudo de mais amargo em sua volta, ou deixar tudo como está e continuar com a mesma esperancinha medíocre de sempre, esperando e esperando...?

Creio que não sou a única que está passando por uma fase ruim. Sei da existência de pessoas em situações piores que a minha, mas só quem sente "A" dor é que sabe que uma hora ela precisa realmente partir, pois do contrário, coisas realmente ruins podem acontecer. Eu vivo agora pensando, numa maneira realmente feliz pra resolver tudo isso aqui do lado de dentro, sem ter que interferir na vida dos outros. Ou até mesmo na minha própria vida.
Creio que o que quero não é muito, mas, também não é pouco. Mas seria muito bom poder voltar a sorrir do nada, dos motivos que só você entende, e levantar cedo e dizer: hoje será um ótimo dia. E vai pro colégio sorrindo e volta para casa, cantando. Passando nas ruas e simplesmente não se cansando daquilo tudo que você ver em volta..
Sei que não é muito, mas desejo que não seja pouco. Espero por algo que eu realmente mereço.

Desejo o mesmo a você também e que a vida, seja menos dura para com as outras pessoas que estão sofrendo, sem querer querendo, caladas, se remoendo. Sonhando, sonhando. Esperando.

pauladandara: realmente, realmente, REALMENTE.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Conto contigo.


O tempo as vezes é remoto. Passageiro. O tempo as vezes é camarada do mal, insano, lento. Tempo é algo que bate e fica, e que as vezes demora para ir de verdade-verdadeira. Tempo é algo precioso, guardo ainda boas lembranças e exemplos ruins para não ficar seguindo-os. Tempo ainda é o tal do "mano velho" que eu presto muita atenção para que no futuro, eu possa dizer: "obrigada por ter sido tão maldoso comigo e por agora estar me oferecendo esses tão belos momentos". O tempo é uma coisa, uma graça, uma virada de página, um trecho de filme, um curta qualquer, um piscar de olhos que passa voando. O tempo é o corredor daqueles que correm, rapidamente, é um disturbio. Devorador de almas e neurônios. O tempo é algo que as vezes, eu lameto ter conhecido. Mas tempo é algo indispensável, as vezes é uma perca de tempo ficar pensando sobre o mesmo, eis aqui o que estou fazendo. Agora viver, é algo que deixa o Senhor da Razão raivoso. E digo mais: A triteza é amiga do tempo e ponto final.

Por isso, ai vai um alerta: Cuidado!

Viver é mais bonito e mais intenso. Viver não é perca de tempo, é ganho, é uma forma positiva de ser algo e alguma coisa, é fazer o tempo ser a favor de tudo o que queres pra ti, de alguma maneira. Viver. Eu gosto da sonoridade dessa palavra. E de beijos, e beijos.


pauladandara: ais e hão de ser!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Prisioneiro de mim mas, batendo asas.


Hoje, queridos leitores, vim falar de um filme chamado Le Scaphandre et le Papillon ou melhor dizendo, O escafrando e a borboleta. Serei direta: no começo, é preciso ter paciência para saber o que está acontecendo de fato, pois Julian Schnabel te coloca no lugar do ator principal. O filme é francês. Não achei o filme longo, tem seu tempo até que curto para uma história tão intensa e cheia de valorização, foi lançado em 2007 e fala de um homem chamado Jean-Dominique Bauby. Jean-Do como é muito chamado no filme, era um homem de sucesso e dinheiro, trabalhava na revista Elle como editor, tinha três filhos, uma linda esposa e uma bela amante.. Certo dia, dirigindo seu super carrão junto de seu filho, eis que o tão bem sucedido e cheio de vida Jean-Do, sofre um acidente vascular cerebral. Mas não se trata de qualquer AVC. Este é raro, chamado "Locked-in", digo: Sindrome do Encarceramento. A pessoa que possui este AVC escuta, tem movimento perfeito dos olhos, mas, não pode movimentar-se e nada pode falar. Coitado! Que situação vocês não acham? Então, depois de muita "conversa" com os médicos, tudo acaba se acertando. Bauby acaba aprendendo a viver naquele estado, e com o passar do tempo junto da ajuda de outras pessoas, ele escreve um livro, com o lado esquerdo de sua visão, pois o olho direito já não servia para mais nada. Mas então: HE WINS! Ganhou de várias formas, não esquecendo das coisas que ama e o que adorava fazer. Não esquecendo que ainda estava vivo e que viveu um monte de coisas ao longo de seus 43 anos de idade. Não esquecendo que ainda poderia imaginar o que quisesse, pois afinal, ainda tinha um cérebro e muito sentimento no coração! Imaginou coisas, viajou pelo mundo, puxa, realmente já tinha feito tantas coisas que poderia ficar ali imaginando e ah, enfim... Depois de 10 dias com seu super livro lançado, Monsieur Bauby, falece. Nem preciso dizer né mas..

Choreeeeeeey!

Dei aquela resumida ordinária, noé? Mas tá.. Talvez eu quisesse dizer muitas coisas a todos vocês, mas vou simplesmente dizer o que eu senti ao assistir esse Le Scaphandre et le Papillon pela, sei lá, 4ª vez, rs. Nunca me senti tão presa, tensa, aprisonada mesmo, Julian Schnabel faz de nós, em certas cenas, o "protagonista". É incrível como você fica ali, parado sem fazer nada, e coisas vão sendo ditas e pensadas, e gritadas, as vezes! Mesmo com toda essa prisão e privação, nunca havia me sentido tão viva. O filme passa a certeza de que você tem agradecer todos os dias a Deus, aos Deuses, - ou a sabe-se lá em quem você acredita - por estar vivo e poder se movimentar e continuar fazendo coisas com corpo, com o/de coração, não se privando de mostrar por expressões, fala, movimentos, enfim, que se pode de verdade fazer qualquer coisa que seja, com quem se ama, da forma que quer e POR VIVER MESMO!
A história do filme é verídica, minha gente! É impressionante mesmo! Na minha opinião vale a pena assistir com toda certeza deste mundo, mesmo sabendo que desde o começo, o final seria super triste néam.. Eu gostei tanto e chorei tantas vezes que eu resolvi vir aqui compartilhar com vocês! NHOOOOO! HAHAHAHAHA! Vejam como eu sou legal! *-*

Enfim, antes de dar CRUJ CRUJ CRUJ - TIAU, vou deixar um trecho de uma coisa linda que Jean-Do "fala", espero que gostem, assim como eu gosto de vocês (fazendo chalme, babie):

"Hoje sinto que a minha existência se resumiu
a uma série de pequenos fracassos.
As mulheres que não soube amar,
as oportunidades que eu não soube agarrar.
Os momentos de felicidade que deixei escapar.
Uma corrida da qual já sabia o resultado,
mas em que eu fui incapaz de apostar no vencedor..
Estive sempre cego e surdo?
Ou necessitei da luz da desgraça para ver o meu verdadeiro eu?

-

"E, S, A, R, I, N, T, U, L
O, M, D, P , C, F, B, V
H, G, J, Q, Z, Y, X, K, W..."

Toma! *chulép - tapa na cara*

Bom leitores queridones, espero que tenham gostado da dyca! Beijos e até a próxima... Au revoiiirrr!!

pauladandara: tudo passa? marcelo camelo disse que sim, rs.